sábado, 6 de outubro de 2012

BEM SUCEDIDO


QUANDO UM SER HUMANO 
É BEM SUCEDIDO


Psicologo Orivaldo Sales Filho

Certamente quando ele é capaz de dominar uma determinada situação e conectar-se a ela de forma que consiga prever e apresentar soluções para um determinado processo.
Segundo nossa perspectiva, o ser humano esperado ou capaz de produzir comportamentos eficazes para sua vida e para a vida de seu coletivo, é um ser humano capaz de conectar-se com uma determinada dinâmica e dominar este processo.
Vejamos um simples exemplo: O caso de um surfista que pretende pegar uma onda, ou seja, que deseja estar na crista da onda, termo este usado popularmente para designar alguém que está liderando algum processo, ou que está sendo bem sucedido em alguma de suas experiências: “Aquela pessoa está na crista da onda!”.
Primeiro o surfista precisa estar no local adequado para pegar ondas, ou seja, não pode estar nem na beira da praia nem muito no fundo onde as ondas ainda não se formaram. Para pegar a onda, precisa remar com os braços e conseguir atingir velocidade semelhante a da onda, para que ele possa estabelecer uma sintonia, ou seja, ser conduzido pela onda de forma que quando ela quebre, ele possa estar na crista da onda e assim, ser impulsionado pela força da onda possa praticar as diferentes manobras.
Percebam neste exemplo que o homem precisa dominar uma determinada situação, ou seja, aqui para nós, precisa estar sintonizado com ela. Preferimos utilizar o termo sintonizar, porque consideramos que assim como o homem exerce certo grau de domínio sobre a natureza, assim também a natureza (realidade/ambiente) também exerce uma dose de domínio sobre o ser humano.
Percebam que não entendemos que o ser humano é totalmente submetido ao ambiente sem ser capaz de exercer sua própria força, estando sempre submetido ao que o meio impõe. Também não nos alinhamos com a lógica de que o ser humano é totalmente livre e imune às interferências do meio. Para nós reside a lógica da unidade entre os elementos e a troca dialética de energias mútuas que ambos exercem sobre si.

domingo, 30 de setembro de 2012

RESILIÊNCIA: A CAPACIDADE DE RECOMEÇAR


RESILIÊNCIA – A CAPACIDADE DE RECOMEÇAR*



Psicólogo Orivaldo Sales Filho

            Resiliência e um conceito emprestado da Física e é utilizado para designar a capacidade que alguns metais têm de voltarem à forma original e continuarem e cumprir sua função. É importante considerar que a capacidade de resiliência dos metais se demonstra quando esse determinado metal sofre algum tipo de pressão que lhe tira da forma original.
            Quando esse conceito é aplicado ao psiquismo humano, nos referimos à capacidade que um ser humano tem de enfrentar as adversidades da vida e se recompor após uma situação angustiante enfrentada.
            Quando um ser humano  demora muito tempo para se restabelecer e continuar a cumprir sua função social, normalmente ele perde oportunidade preciosas que a vida oferece, mas quando ele vive rapidamente o sofrimento que tem que viver e logo depois se restabelece ele com certeza será uma pessoa mais bem sucedida.
            Um dos segredos para que nosso psiquismo seja restabelecido rapidamente é não negar-se de viver cada etapa do processo de crise em que está enfrentando, ou seja, quando tentamos fechar os olhos e deixamos de explorar cada passo de nossos problemas, terminamos com a sensação de que tudo foi vivido na hora certa e não sobrou nada sem ser explorado.
            No caso de um Luto, por exemplo, com certeza não é fácil viver a perda de uma pessoa que amamos, mas se nos negarmos a viver toda dor na hora certa, com certeza manteremos energia negativa acumulada em nosso psiquismo e ficaremos com essa dor não resolvida por vários anos.
            Em casos como esse a recomendação mais plausível é se permitir sofre e viver o luto intensamente de forma que não fique nada pra depois. Assim, seu psiquismo terá mais capacidade de se restabelecer e voltar a funcionar normalmente.
            Outro exemplo que podemos aplicar o conceito de resiliência é diante de um conflito interpessoal, nesses casos recomenda-se comunicar seus sentimentos, dizer o que pensa, de forma educada e equilibrada, mas evitar guardar a angustia em silêncio pois ela pode apodrecer dentro de você.
            Quando falamos que a tristeza não expressada pode contaminar o interior de uma pessoa, estamos falando da capacidade que um ser humano tem de colocar pra fora suas angustias, de forma assertiva, ou seja de forma que não vá magoar outra pessoa.
            Quanto menos capacidade de expressar seus sentimentos, mais difícil fica de um ser humano se restabelecer e recomeçar a vida após uma situação de crise. Aliás, crise deve ser sempre uma oportunidade para crescer.

* Publicado no Jornal O Diário de Primavera do Leste e de Campo Verde de 27 de setembro de 2012.

O CORPO FALA


O CORPO FALA*
Imagem do livro O corpo fala de  Tompakow, Roland; Weil, Pierre.

Psicólogo Orivaldo Sales Filho

Muitos acreditam que apenas o que as palavras que saem de nossas bocas são suficientes para comunicar o que sentimos e o que pensamos, mas isto é um engano. Mais de 90% do que transmitimos para outras pessoas é transmitido através de nossa comunicação não verbal.
Quando conhecemos profundamente alguém, basta observarmos sua postura corporal para logo perguntarmos: “O que você tem?”  “Por que está triste?”. Enfim todo ser humano tem um tipo de radar que nos possibilita ler as emoções das pessoas sem que elas falem como estão se sentindo.
Existe muito SIM com valor de NÃO e muito NÃO com valor de SIM e isso ocorre porque a comunicação verbal está dizendo uma coisa e a comunicação não verbal está dizendo outra, ou seja, a boca diz uma coisa e o restante do corpo diz outra.
Existem partes do corpo que representam funções específicas em nossa mente, vejamos algumas:
Ombros: representam o suporte para carregarmos as responsabilidades e os compromissos da vida, dai vem aquela expressão: “Nossa, parece que você está carregando o mundo nos ombros!”. Na maioria dos casos, dores nos ombros podem estar dando o sinal de que sua sobrecarga está muito alta.
Braços e mãos: pensemos juntos... qual a função dos braços e das mãos? Alcançar, tocar segurar, entre outras. Agora lembremos das expressões: “Temos que segurar as rédeas da vida!” “Temos que alcançar nossos objetivos!”. Nessas duas expressões está indicado a utilização dos braços e das mãos, isso ocorre porque com os braços e com as mãos, podemos “alcançar nossos objetivos” podemos segurar firme diante das turbulências que a vida apresenta. Braços e mãos também representarem uma extensão do nosso corpo, pois, através deles tocamos as pessoas, cumprimentamos e expressamos afeto para os outros seres vivos.
Pés: representam nossa conexão com a terra, ou seja, é a parte do corpo que faz contato primeiro com os lugares por onde andamos. Imaginemos se nossos pés pudessem falar. O que contariam sobre os lugares por onde já andamos? Essa pergunta ajuda a compreender a função psíquica dos pés pois é através deles que tocamos o solo de onde vamos. Problemas de saúde relacionado aos pés pode estar indicando que nossa interação com a realidade não anda muito boa, ou seja, que de alguma maneira ou estamos interagindo de forma inadequada com a realidade. Não é por acaso que hoje já existem profissionais especializados em tratar os problemas ligados aos pés.
Estomago: quais foram os “sapos” que já engolimos? Estamos sendo capazes de digerir os problemas da vida? Somos capazes de absorver o que há de melhor e descartar o restante? Todas essas perguntas nos levam a pensar em nosso sistema digestivo. Não é por acaso que pessoas com nível de ansiedade muito elevado podem desenvolver gastrite nervosa, refluxo ou outros problemas ligados ao sistema digestivo. Através da alimentação absorvemos nutrientes necessários para nossa sobrevivência, mas também absorvemos tudo aquilo que precisará ser descartado depois.
Enfim, tudo que ocorre em nosso corpo está nos dando sinal de algo em nosso psiquismo bem como toda expressão do nosso corpo está de alguma maneira comunicando algo. As pesquisas que existem nessa área são muito mais amplas e podem fornecer muito mais informações que não poderiam ser apresentadas apenas em forma de artigo.
Nosso objetivo aqui foi apresentar alguns elementos que comprovam que não podemos entender o corpo desligado da mente, nem tampouco podemos ter a ingênua compreensão de que apenas o que sai de nossas boas está comunicando nossas ideias e sensações, mas todo nosso corpo fala.

* Publicado no Jornal O Diário de Campo Verde e de Primavera do Leste em 27 de setembro de 2012.

domingo, 16 de setembro de 2012

COMO ELABORAR SEU PROJETO DE VIDA


COMO ELABORAR SEU PROJETO DE VIDA

Psicólogo Orivaldo Sales Filho


Para conquistarmos nossos sonhos e objetivos temos que levar em consideração três aspectos diferentes. Primeiro é necessário definir o Sentido da Vida, segundo, defina seus Objetivos na Vida e por fim estabeleça suas Metas Diárias.
A sintonia entre esses três elementos proporciona mais qualidade de vida e seu sucesso depende da integração entre eles. Afinal de contas, nossa habilidade em ser feliz depende de um Projeto de Vida bem elaborado.
O Sentido da Vida está ligado aos aspectos mais superiores da vida de uma pessoa, ou seja, os aspectos ligados à espiritualidade, ligados à visão que as pessoas têm sobre a construção de uma sociedade diferente. São questões superiores, que dão sentido à sua vida, que definem a visão que uma pessoa tem sobre a vida, sobre a morte e principalmente sobre Deus.
Já os Objetivos na Vida, estão ligados as metas que estabelecemos para conquistar nossos sonhos mais concretos. Esses objetivos normalmente estão ligados à proteção, família, sucesso profissional e pessoal. São objetivos que nos realizarão profissionalmente, na vida familiar, por exemplo, casar-se e ter filhos, conquistar uma casa, um carro, uma empresa bem sucedida, etc.
Para realizar qualquer objetivo, temos que estabelecer objetivos mais curtos que nos encaminham aos objetivos maiores, ou seja, temos que estabelecer nossas Metas Diárias. Essas são àquelas que agendamos como compromissos para um dia ou para alguns dias, são realizações breves, mas quando sintonizadas com nossos objetivos maiores proporcionam um resultado tremendo.
O alinhamento desses três aspectos é o que irá produzir uma pessoa bem sucedida, pois com essa conexão entre os três elementos poderemos fazer com que nosso Projeto de Vida dê certo e nos traga realização.

sábado, 15 de setembro de 2012

QUALIDADE DE VIDA CONJUGAL



QUALIDADE DE VIDA CONJUGAL

Psicologo Orivaldo Sales Filho 

A vida conjugal pode ser mais satisfatória e promover maior qualidade de vida quando o casal aprende a desenvolver o que a Ciência do Comportamento Humano chama de Habilidade Social, ou mais especificamente quando a interação conjugal é alimentada por um relacionamento interpessoal mais saudável.
Uma pessoa socialmente hábil nas relações conjugais é aquela que desenvolve a habilidade de comunicar seus sentimentos e desejos, respeitando os direitos de seu cônjuge.
Sérios problemas de relacionamento ocorrem entre casais que não conseguem fazer com que os momentos da vida a dois sejam de satisfação e alegria, ao contrário, vivem administrando sentimentos de culpa e de medo. Tais problemas freqüentemente têm em comum, a falta de habilidade para estabelecer uma comunicação gostosa e produtiva entre os cônjuges.
É cada vez mais freqüente casais onde a mulher tem dificuldades para expressar o que lhe desagradou enquanto que o homem raramente expressa sentimentos positivos e elogios à sua esposa.
Pesquisas sobre o comportamento de casais mostram que “As mulheres parecem comportar-se de forma mais hábil na expressão de sentimentos positivos, enquanto os homens experimentam menos dificuldades para expressar sentimentos negativos e fazer pedidos” (Caballo, Vicente E. 2006).
Para que os problemas encontrados na vida a dois sejam amenizados, é fundamental que ambos desenvolvam a habilidade de comunicar. Isso é possível entre casais quando são criadas condições para que ambos possam aprender novas formas de se relacionarem.
A habilidade pode ser aprendida e o relacionamento melhorado, proporcionando assim a auto-valorização, a capacidade de se expressar, o desenvolvimento de sentimentos positivos para consigo mesmo e com os demais membros da família, além da habilidade de fazer escolhas e atingir os objetivos desejados.
A vida a dois pode estimular a aprendizagem de novos comportamentos, mas para isso, é importante que os comportamentos de uma relação ocorram produzindo efeitos positivos para os cônjuges.
A compreensão do funcionamento de uma relação conjugal auxilia no processo de mudança e proporciona as condições para o desenvolvimento de uma relação saudável.
Esse pode ser o primeiro passo para as mudanças, mas para que elas mantenham-se, é importante também a orientação de um profissional da área do comportamento humano.
A habilidade social para o desenvolvimento de uma boa relação conjugal pode ser aprendida e aprimorada todos os dias. Compreender os próprios sentimentos e os da pessoa amada, analisar o que falar qual o objetivo de falar, como falar e quando falar são alguns princípios que orientam a melhoria da qualidade de vida de casais.

ASSERTIVIDADE: A CAPACIDADE DE EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS


ASSERTIVIDADE
A HABILIDADE DE DIZER NÃO SEM SER AGRESSIVO

Psicólogo Orivaldo Sales Filho

Você que tem dificuldade em dizer “não” e de expressar seus sentimentos?
Mesmo diante de situações que estão lhe incomodando e produzindo intenso sofrimento, você tem dificuldade de falar para outra pessoa que aquilo não está lhe fazendo bem?
Saiba que isso pode levar a situação a um extremo de estresse onde você acabará tendo um comportamento agressivo.
         Existe uma alternativa entre um extremo e outro? Onde estaria o equilíbrio?
No Comportamento Assertivo, pois esse significa “asseverar, assegurar” e garantir o seu bem estar, mantendo o bem estar da outra pessoa.
         Você evita que um comportamento agressivo ocorra quando expressa seus sentimentos, quando comunica aquilo que está sentindo e principalmente quando consegue explicar para o outro o que está sentindo e solicitar uma mudança de comportamento.
Essa é a função do comportamento assertivo, ou seja, transformar e melhorar a qualidade dos relacionamentos interpessoais de maneira tranqüila, enérgica, porém, suave e equilibrada.
A assertividade visa garantir um bom relacionamento com a outra pessoa, expressar os seus sentimentos, comunicar as suas angustias e comunicar os seus medos, sem que para isso você necessite ser agressivo.
Existem pessoas que passam uma vida inteira, sem comunicar aquilo que sentem, sem apresentar os seus desejos e seus anseios. Normalmente essas pessoas acumulam um sofrimento muito intenso.
Como se livrar disso?
Começando a desenvolver a habilidade de expressar os seus sentimentos de maneira tranqüila, equilibrada e serena, ou seja, comunicar aquilo que sente, dizer aquilo que você gostou e também aquilo que lhe desagradou.
A função do comportamento assertivo é garantir que sua satisfação ocorra em sintonia com a satisfação das pessoas. Significa melhorar sua qualidade de vida, ou seja, ter a capacidade de expressar seus sentimentos com delicadeza, mas com firmeza.


BIPOLARIDADE: DE UM ESTREMO AO OUTRO



BIPOLARIDADE
HORA FELIZ DEMAIS, HORA DEPRESSIVO

Orivaldo Sales Filho

Cerca de 10% da população mundial é portadora do Transtorno Bipolar e a maioria não tem conhecimento da doença.
            Pessoas que oscilam entre estágios de euforia e estágios depressivos, podem ser portadores dessa síndrome. Bipolaridade é uma doença que se caracteriza pela falta de estabilidade emocional.
            Nas fases maníacas, que se confundem com extrema alegria os sintomas mais recorrentes são:
. euforia
. aumento de energia
. expansividade e desinibição
. grandiosidade, dono da verdade
. agitação
. menos necessidade de sono
. irritabilidade, explosividade e agressividade
. aumento de condutas de risco e de gastos
. impulsividade
. distração
            Já na fase depressiva os sintomas mais comuns são:
. Tristeza
. Diminuição da sensação de prazer
. Apatia
. Alterações de sono
. Alterações de apetite
. Desânimo e cansaço
. Inquietude ou lentidão
. Problemas de concentração e memória
. Pensamentos negativos, pessimistas, autoestima baixa
. Pensamentos ou comportamento suicida
           
            Mas pode existir ainda a fase de humor misto ou também chamada de turbulência de humor, nesta fase os sintomas são:
. Humor turbulento e desagradável
. Agitação e irritabilidade
. Ansiedade e tensão
. Breves picos de excitação sexual
. Insônia intratável (não desliga o pensamento)
. Excessos comportamentais (comida, drogas) para aliviar a tensão
. Impulsos (suicidas inclusive)
. Ataques dramáticos, mas genuínos, de nervosismo.
           
            Autoconhecimento é uma chave importante para que você possa identificar com mais clareza suas oscilações de humor, mas casos essas mudanças sejam muito intensas, pode ser a hora de procurar ajuda de especialistas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO MELHORAM A AUTOESTIMA


ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO ELEVAM A AUTOESTIMA

Orivaldo Sales Filho

De acordo com os pesquisadores, cachorros, gatos e outros animais podem servir como importante apoio social e emocional aos seus donos.

Segundo pesquisa divulgada pela Associação de Psicologia Americana, donos de bichos têm maior autoestima, estão mais aptos fisicamente, tendem a serem menos solitários, medrosos e preocupados, além de serem mais conscientes e extrovertidos.
         Não é por acaso que a pesquisa norte americana revelou uma correspondência direta entre o bem estar psicológico e a capacidade de cuidar de animais de estimação, pois um ser humano que é capaz de manter a vida de outro ser, com certeza tem dentro de si uma força vital mais elevada.
         Nossa relação com os demais seres vivos pode ser uma relação que promova a vida e faça com que haja a harmonia entre um animal de estimação e a nossa própria vida.
         Cada vez que emitimos comportamentos bons de cuidado com o animal de estimação, de proteção a ele, enfim, cada vez que promovemos a vida, estamos gerando uma energia positiva para nossa própria vida, pois a máxima de que aquilo que plantamos, colhemos é verdade.
Conhecendo os resultados da pesquisa e principalmente consciente de que fazendo o bem você colherá o bem, é provável que você seja mais feliz e mais saudável, principalmente se for uma pessoa que tenha bichinhos de estimação.

AMIZADE MELHORA SAÚDE MENTAL


A AMIZADE SINCERA E
OS EFEITOS NA SAÚDE MENTAL

Orivaldo Sales Filho

Estabelecer vínculos de amizade estáveis e duradouros melhora o bem estar psicológico e proporciona mais qualidade de vida.

É comum presenciarmos pessoas que se adaptam à solidão e que aprendem que não podem confiar em outras pessoas, essa realidade tem produzido seres humanos cada vez mais depressivos e inseguros.
A lógica com que a sociedade está organizada nos ensina que as coisas precisam durar pouco, que os produtos estragam cada vez mais rápido e que o que é descartável seria sempre mais cômodo para nossas vidas.
Essa forma de pensar os produtos tem contaminado as relações entre os seres humanos e isso tem  produzido pessoas cada dia mais doentes e frágeis.
Para entendermos como uma pessoa isolada fica mais frágil costumamos utilizar o exemplo do graveto: “Se tentarmos quebrar um graveto, o conseguiremos fazê-lo com mais facilidade, mas se tentarmos fazer isso com um feixe de gravetos, ai encontraremos muito mais resistência pois, a unidade deles os torna forte”.
Assim são os seres humanos que tem amizades sinceras, são muito mais fortes e capazes de enfrentar os desafios da vida com muito mais facilidade.
Quando utilizamos o termo “amizade sincera” não estamos descartando a necessidade de termos vários contatos mais superficiais que vão contribuir com seu fortalecimento de sua vida pessoal e profissional, mas isso não substitui a necessidade de estabelecermos contatos com pessoas as quais podemos compartilhar questões mais particulares de nossas vidas.
Quando exercitamos o comportamento de confiar e confidenciar assuntos mais particulares para outra pessoa, estamos estimulando nossa autoconfiança e nossa autoestima e isso pode evitar com que transtornos psíquicos venham a aparecer em nossas vidas.
Enfim, “viver e não ter a vergonha de ser feliz” como dizia Gonzaguinha é uma arte que não depende apenas de momentos de euforia, mas também do exercício de confiar e acreditar  mais na amizade sincera.

LIDERANÇA E RELACIONAMENTO


LIDERANÇA E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Orivaldo Ferreira de Sales Filho

Todo relacionamento interpessoal implica em um processo de liderança, durante toda nossa história de vida, passamos pela liderança de outras pessoas ou lideramos alguém.
Ingênua é a ideia de que só os “mais fortes” lideram, pois em uma relação da mãe com o bebê, por exemplo, pode haver momentos em que a criança está na liderança da relação.
         Assim como na comunicação, podemos afirmar que mesmo que não fale nada, todo ser humano está sempre comunicando algo através da sua comunicação não verbal, também no que diz respeito à liderança, podemos afirmar com certeza que uma pessoa está sempre liderando outras pessoas, mesmo que isso não ocorra de forma consciente e voluntária.
         Afirmar que um ser humano está sempre liderando alguém pode parecer absurdo para àqueles que entendem a liderança como algo pré-determinado pela formalidade de um cargo ou função claramente definida como de “líder”. Mas segundo a perspectiva que trabalhamos aqui, o líder não é um ser eterno e fixado estaticamente, ao contrário, todo líder, ou está fortalecendo sua liderança ou está perdendo sua liderança, dessa forma, podemos afirmar que uma pessoa que não é formalmente a liderança de um determinado local, pode estar se conformando como líder e com o passar do tempo, se tornará o líder daquele ambiente.
Outro aspecto que é importante considerar é que o relacionamento interpessoal não é algo inato, mas algo aprendido, claro que existem algumas predisposições genéticas que podem marcar alguma tendência no relacionamento interpessoal, mas a grande parte é treinada durante a vida de um indivíduo.
Dessa forma, relacionar-se bem com as pessoas, exercer papel de liderança na vida dos outros pode ser uma habilidade aprendida durante toda história de vida de um ser humano.


PERIGOS DA DEPRESSÃO


PERIGOS DA DEPRESSÃO


Orivaldo  Sales Filho

COMO DIFERENCIAR SE ESTAMOS APENAS MELANCÓLICOS OU ESTAMOS COM UM QUADRO DEPRESSIVO?

         Quando experimentamos sentimentos angustiantes, fazemos algo para dissolvê-los e por consequência experimentamos o alívio, estamos diante de um mecanismo saudável, mas quando a angustia não passa podendo durar dias, meses e até mesmo anos, podemos estar diante de um quadro depressivo.
    A depressão consiste em um processo de redução das habilidades de relacionamentos interpessoais e intrapessoais, ou seja, significa que com o passar do tempo, vamos perdendo a habilidade de lidar comigo mesmo e com os outros.
         Falar de depressão é um assunto muito mais comum nos dias de hoje, afinal de contas a doença chega a ser chamada por alguns especialistas de mal do século. Mas como identificar uma depressão?
         Existem dois tipos mais comuns de depressão, a chamada Depressão Maior ou também chamada de Depressão Unipolar e aquela conhecida como Depressão menor ou também conhecida como Distimia.
      Quando falamos da Depressão Maior, estamos falando de um conjunto de sintomas facilmente identificáveis e visíveis, ou seja, esta forma da depressão tira a pessoas de seus compromissos sociais, pois durante o episódio, os sintomas depressivos são severos e intensos, impedindo o indivíduo de agir normalmente, havendo alto risco de suicídio se não tratado.
       Essa forma de depressão, apesar de produzir alto risco de vida é facilmente identificável, mas a chamada Depressão Menor também produz vários danos ao indivíduo, mas pode ser confundida com uma simples tristeza.
         A Depressão menor é uma desordem depressiva crônica durando pelo menos dois anos em adultos e se manifesta pela presença da síndrome depressiva, onde o paciente consegue funcionar socialmente mas sem experimentar prazer.
        Muitos são acometidos pela Depressão Menor, mas permanecem sem tratamento, pois ela pode ser confundida com a simples melancolia, ou seja, muitos afirmam que são assim mesmo, entendendo a Depressão como se ela tivesse que fazer parte das emoções normais que o indivíduo experimenta todos os dias.
         A esse tipo de depressão temos que guardar muito mais cuidado e atenção, pois muitas vezes ela acompanha a vida da pessoa por vários anos sem que nunca seja percebida e por consequência não seja tratada.

ANGUSTIA PODE SER UM SINAL


ENTENDENDO A ANGUSTIA

Psicologo Orivaldo Sales Filho

Sentimentos angustiantes estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, prova disso é o aumento do número de casos de depressão, estresse, ansiedade, enfim de toda ordem de doenças do campo psicológico.
Para compreender este sentimento primeiro é necessário compreender que sentir-se um pouco tenso e ansioso pode ser importante para que sejamos impulsionados a tomar decisões, o problema só reside quando esses sentimentos tomam dimensões ameaçadoras e passam a produzir prejuízo para o ser humano.
Quando você esta diante de uma ameaça real, por exemplo, se precisa abrir fuga quando corre o risco de ser atacado por um animal raivoso, não tenha dúvida de que você irá sentir um pouco de angustia, mas também se continuasse “zem” talvez não teria a reação adequada para escapar do perigo.
O exemplo acima revela como que, na dose certa a angustia pode ter um impacto positivo na sua vida, mas o problema reside quando um ser humano passa a experimentar a sensação de que alguma coisa muito ruim pode acontecer a qualquer momento, nesses casos, é importante procurar a ajuda de profissionais da área da saúde mental para que tais sensações possam ser compreendidas e eliminadas.
Muitos ao sentirem angustia se perguntam: “Por que estou sentindo isso?”. Que tal se cada vez que experimentar sentimentos de angustia, você faça a pergunta: “Para que estou sentindo isso?”. Isso o ajudará a identificar que tipo de ameaças podem estar diante de você e principalmente se o que está acontecendo justifica de fato tanta angustia.
Dessa forma, podemos compreender que se sentir um pouco acelerado em uma situação de risco pode até ajudar na sua motivação, mas quando tais sentimentos dominam sua mente de forma negativa e paralisante, ai pode ter sido ligado um sinal de alerta de que algo não vai bem em seu psiquismo.

QUALIFICAÇÃO PSICOLÓGICA


QUALIFICAÇÃO PSICOLÓGICA


Psicólogo Orivaldo Sales Filho*

Muito se fala sobre qualificação profissional e isso é importante, mas não é o único fator que determinará seu sucesso, pois coso não tenha QUALIFICAÇÃO PSICOLÓGICA, sua qualificação profissional corre o risco que ficar guardada apenas para você.
         Não temos dúvidas sobre a necessidade de estarmos preparados profissionalmente, economicamente, culturalmente, para encarar os desafios de crescimento de nossa sociedade, mas poucos falam sobre a importância de estar preparado psicologicamente para topar o desafio de crescer.
Houve uma época em que apenas as habilidades intelectuais bastavam para determinar o sucesso profissional de uma pessoa, hoje, as pesquisas mais recentes sobre o desempenho pessoal na sociedade moderna, exigem um bom desempenho emocional. Goleman (1996) já definia com clareza que habilidades reconhecer as próprias emoções, dirigir as emoções em busca de objetivos, as habilidades interpessoais e a capacidade de colocar-se no lugar dos outros, são habilidades que contribuem para prosperidade pessoal e profissional.
Hoje, queremos formar pessoas habilitadas para exercer o que chamamos de Liderança Reforçadora, ou seja, uma liderança que seja capaz motivar, entusiasmar seus liderados, que apresente de forma clara e objetiva onde se deseja chegar, mas principalmente que seja capaz de ampliar as qualidades de seus colaboradores, conseguindo assim produzir o efeito positivo que nossa sociedade espera.
Outro aspecto fundamental para sermos bem sucedidos nessa nova realidade é desenvolvermos o que chamamos de “Assertividade”. Ou seja, a capacidade de garantir que seus objetivos não sejam desviados pela falta de habilidade de dizer não, a facilidade de expressar sentimentos positivos e negativos de forma equilibrada e tranquila, sem necessitar ser agressivo com a pessoa com a qual está relacionando-se. O comportamento assertivo se desenvolve quando uma pessoa é capaz de realizar seus projetos de vida sem ser submisso, mas também ser agressivo com o interlocutor.
Mas para tudo que vamos realizar, precisamos ter claro onde queremos chegar, por isso, é fundamental que, além dos projetos de desenvolvimento econômico e social de nossa região, cada pessoa tenha também seu Projeto de Vida. Para desenvolver um projeto de vida eficiente é necessário que se estabeleça: 1 – O sentido da vida; 2 – Os objetivos na vida e; 3 – As metas diárias. A sintonia entre esses três aspectos do Projeto de Vida possibilitará maior eficiência em alcançar objetivos.
Projetar-se como líder dessa nova realidade exigirá de nós, um potencial arrojado de saber fazer as escolhas certas e termos um projeto de vida preparado para atender a dinâmica da realidade. Tal habilidade é a que estamos chamando aqui de QUALIFICAÇÃO PSICOLÓGICA.

* Co-autor do Livro Subjetividade e Violência e de Artigos científicos e jornalísticos. www.orivaldosalesfilho.com.br, (66) 3461-4131, (66) 9687-6215.